máquina de retratos

retratos tirados ao acaso. objectos que chamam a atenção. o olhar. um olhar. o meu. sobre o mundo. o retratado. o fictício. o inexistente. o que já foi. o que ficou no filme. o que ficou gravado. uma máquina. falível, como todas as máquinas. um olhar. subjectivo como qualquer olhar. um retrato. fixo e eterno. como qualquer retrato.

11.24.2005


rock. punk. preto e cor.


pedro & in�s. uma hist�ria revisitada. uma pe�a de teatro em tr�s tempos. com final menos feliz. como a verdadeira hist�ria de pedro e in�s. aqui, um momento de calma, paz, ternura.


o movimento. a alegria. a adrenalina. os riscos. a cor.


o baloi�o.

10.03.2005

imagens

domingo, 2 de outubro de 2005
17h - 02h


era o início de uma longa noite... o início.
ali, perto de casa, ainda havia uma frente de pinheiros intacta.



o barulho, que se assemelhava a tiros de espingarda constantes, dos pinheiros a arder fazia doer os ouvidos. o fumo era mais que muito. a intensidade das chamas aumentava ao sabor do vento.



e os pinheiros que sobravam e que nos mantinham distantes do fogo, pelo menos visualmente, cederam...



serão precisas palavras?



a noite deixou de ser escura...



e as labaredas subiam e ocupavam cada vez mais espaço. onde antes víamos o mar, agora... só o amarelo das chamas



ou o rosa...



ou o laranja...



das poucas vezes em que consegui sair da varanda para olhar à minha volta... e me deparei com um cenário indescritível.



e durante toda a noite (madrugada) o fogo continuou a consumir a floresta da serra da boa viagem.



(para quê mais palavras?)















(fotos minhas e do kit kat)

7.25.2005

click

e de repente nada mais se ouviu a não ser aquele estalo. aquele click de um dedo que pressionou o botão da máquina, que fez com que o mecanismo funcionasse, que fez abrir a objectiva a capturar o que se passava do lado de lá.
naquele momento nada mais houve a não ser aquele click. só o som. nem o que ele significava existiu. nem a objectiva se abriu. nem o filme registou o que se passava. porque nada existia. só o click. e é impossível capturá-lo.
o click sente-se. o dedo sente o botão, a sua resistência, sente a vontade de ser livre outra vez. nem sempre o botão se deixa prender. nem sempre ele reage como o dedo quer. também tem manias. também as ganha. também tem medos. também mete medo.

só... click.
nada mais que... click.


e... click.

tudo voltou a fazer sentido novamente.
o mundo voltou a respirar. a terra voltou a girar em torno do sol. o dia foi progredindo para a noite. e nós... nós continuámos a nossa caminhada que o click juntou de novo.


vou apagar a luz, sim? vamos dormir?

click.

5.04.2005

um sorriso

um sorriso faz sempre maravilhas. não sei que poderes tem, mas sei que quando nada parece inverter uma situação complicada, um sorriso ajuda sempre. talvez seja por isso que é tão difícil captar um sorriso numa máquina.
talvez seja por isso que, quando a máquina consegue apanhar um, esse retrato seja precioso. ou deva ser, pelo menos.

os sorrisos são, cada vez mais, preciosos. há tão poucos sorrisos sinceros, neste dia-a-dia em que vivemos. são tão poucos aqueles que conseguem ser milagrosos. são tão poucos aqueles que nos alegram o dia.

5.01.2005

um olhar

quero um olhar destes. todos os dias. só para mim.
forte. decidido. confiante. terno. sorridente. aconchegante.


4.30.2005

repetição

quando uma coisa nos fica a martelar, como as teclas de um piano, como um som de uma nota repetidamente repetido pelo toque dos dedos nas teclas, sempre nas mesmas....
quando uma imagem não sai da objectica, quando um som teima em voltar ao tímpano, quando um cheiro familiar nos invade no meio de uma rua apinhada de cheiros, quando um toque passado ainda nos eriça os pêlos dos braços e nos deixa um calafrio a percorrer o corpo...

quando acontece tudo isto? como? o que nos traz tantas recordações? como aparecem elas? de onde? onde as escondemos que ficam tão mal escondidas?

como é que uma máquina de retratos, uma simples máquina de retratos, pode ainda reflectir uma imagem que já não é?

4.29.2005

cor

porque a cor é importante. não só na fotografia como na nossa vida.
a cor é quase como o sal que metemos na nossa comida.
o tempero. o aguçar do sabor.
o realce.